sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

SOBRE O SACRIFÍCIO

Nas beiradas do esquecimento
Kléos(a última) segura na ponta da agulha
o que restou das palavras.
É muda a musa.
Sua boca sopra por entre os vão dos corpos
na eminência da queda,
ao redor das horas,
o gesto vazio
costura o silêncio,
fura o tecido do engano.
Penélope ao aveso,
nada espera.

Tentáculos se distendem sob a carne do oceano.



Irael - 03/07/2009



Irael me presenteou com esse poema após ter participado da performance " A Costura do Invisível"- na Oficina Osvald de Andrade.




1 comentários:

Monica disse...

Que poema mais poema Lili..
lindo!

Abraços...